Metodologia de educação popular em direitos humanos do IVH chega a 16 novos territórios
Em regiões periféricas metropolitanas de seis estados brasileiros, novos territórios estão na etapa de articulação do processo formativo da Usina de Valores e seguem em formação até setembro de 2025
O Instituto Vladimir Herzog expande suas iniciativas de educação popular em direitos humanos para 16 novas turmas, distribuídas em diferentes territórios periféricos das capitais e regiões metropolitanas de seis estados brasileiros. Serão duas novas turmas em Guarulhos (SP), região metropolitana do Vale do Itajaí (SC), Belo Horizonte (MG), Rocinha e Providência (RJ), Vitória (ES), Recife (PE) e quatro em São Paulo (SP). No total, o projeto está atuando em 21 territórios simultaneamente, somando os novos grupos aos demais em formação desde junho de 2024.
As ações de educação popular em direitos humanos são uma iniciativa do Instituto Vladimir Herzog em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e usam a metodologia Usina de Valores. O processo formativo propõe vivências alinhadas ao Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), com o objetivo de “disseminar valores de solidariedade, cooperação e justiça social” para que a sociedade civil “seja capaz de identificar anseios e demandas, transformando-as em conquistas”.
Atualmente, a equipe de Educação em Direitos Humanos do Instituto Vladimir Herzog está na fase de articulação nestes 16 territórios, realizando o mapeamento de organizações da sociedade civil, instituições públicas, coletivos e movimentos sociais para a construção de vínculos com atores sociais estratégicos.
Cada território possui uma realidade, com suas fragilidades e potências no que tange a violação de direito e as condições para superação. A articulação é uma etapa que possibilita uma avaliação de cada contexto, viabilizando a participação ativa e coletiva dos territórios no planejamento dos processos formativos. A partir do contato com os diferentes parceiros, a metodologia pode ser flexibilizada de maneira a compreender as especificidades, garantir a valorização das culturas e autonomia dos territórios.
A partir de janeiro, terão início as atividades de formação, que contemplam encontros formativos, oficinas e a construção de agendas coletivas para fortalecer as mobilizações e ações locais. Através da troca de vivências e saberes, os grupos devem identificar as violações de direitos humanos que acontecem em suas comunidades e suas reivindicações prioritárias. Os demais cinco territórios em cinco estados onde processos formativos foram iniciados em junho de 2024 já estão mobilizados por diferentes causas, como efeitos das mudanças climáticas, saúde da mulher e direito à cidade.