Oficina gratuita sobre escrita e análise narrativa no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo
De volta a São Paulo, dia 2 de agosto tem oficina gratuita. Em parceria com o Museu da Diversidade Sexual, o Usina de Valores promove o workshop “Vozes insurgentes e línguas indomáveis”.
Ministrada pela recifense Maria Clara Araújo, a atividade tem o propósito de criar um diálogo interseccional a partir da produção acadêmica e literária de outras mulheres. As vagas são limitadas e serão concedidas em ordem de chegada.
Maria Clara, 21, é graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora de teorias pós críticas em educação e idealizadora do projeto “Pedagogia da Travestilidade”, que busca colocar em diálogo a educação e a experiência vivenciada por travestis e mulheres trans. Ela também escreve para os sites Blogueiras Negras, Transfeminismo.com e para o Usina de Valores.
Com a intenção de reconhecer e valorizar a importância da quebra de silêncios históricos, a oficina será um mergulho nas obras de escritoras como a norte-americana Audre Lorde, escritora feminista e ativista dos direitos humanos, e Grada Kilomba, escritora e artista de Portugal.
“Além de visibilizar as trajetórias de mulheres que ousaram falar e agir, meu objetivo é possibilitar a [re]articulação e a transformação do silêncio em linguagem e ação. A oficina é um diálogo interseccional a partir das narrativas produzidas por mulheres que buscaram descolonizar a produção do saber”, afirma Maria Clara Araújo.
O workshop potencializa a compreensão da experiência vivida na teorização de escritoras que possuem vozes insurgentes e ressalta como suas obras têm uma função de autorrecuperação e libertação coletiva.
Como parte do processo, as interessadas e interessados deverão levar uma matéria de jornal, vídeo, áudio ou algum tipo de produção que, em sua opinião, “aprisione” subjetividades em narrativas únicas, ceifando possibilidades de as compreendermos a partir de outros olhares.
Serviço
O que: Oficina “Vozes insurgentes e línguas indomáveis
Quando: 2 de agosto, quinta-feira
Horário: 18h
Local: Museu da Diversidade Sexual (dentro da estação República do metrô, atrás da bilheteria).
*Local sujeito a lotação, máximo de 40 lugares.
Leitura indicada:
ANZALDÚA, Gloria. Como domar uma língua selvagem. Tradução de Joana Plaza Pinto, Karla Cristina dos Santos e Viviane Veras (revisão), Cadernos de Letras da UFF, Dossiê: Difusão da língua portuguesa, nº 39, 2009: p. 297-309. Clique aqui.
hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
LORDE, Audre. A transformação do silêncio em linguagem e ação. Apresentação lida no painel sobre lesbianismo e literatura, da Associação de Língua Moderna, em Chicago, Illinois, em 28 de dezembro de 1977. Clique aqui.
KILOMBA, Grada. A Máscara. Tradução DE JESUS, Jessica Oliveira. In: Cadernos de Literatura em Tradução, Brasil, n. 16, maio 2016. ISSN 2359-5388. Clique aqui.