Oficina sobre contranarrativas discute possibilidades na comunicação atual

As possibilidades narrativas sobre a sociedade são múltiplas. Na imprensa, a diversidade de perspectivas também se repete e coloca-se como fundamental para a compreensão dos acontecimentos nos espaços públicos.

Essa foi a discussão proposta e articulada durante o segundo encontro da oficina “Mídias Negras: contranarrativas para além do senso comum”, na última quinta-feira (21) em São Paulo. A atividade articulada pelo Usina de Valores trouxe como convidado o jornalista Pedro Borges, um dos autores da pesquisa “Narrativas brancas, mortes negras”, uma das bases das atividades propostas pela oficina.

Para complementar o debate articulado no primeiro encontro, os oficineiros analisaram reportagens sobre drogas e encarceramento de veículos como Periferia em Movimento e Alma Preta baseados no método de Laurence Bardwin.

Em seguida, as análises foram contrapostas à perspectiva encontrada na Folha de São Paulo. Para o grupo, a cobertura realizada pelas mídias independentes traz mais fatos e leva em conta questões estruturais como o Racismo e sua influencia na discussão carcerária do Brasil.

Pedro Borges acredita que “as mídias negras e periféricas não estão atreladas à lógica de reprodução de desigualdades do capital. Então elas tem a proposta de arejar e criar possibilidades de acesso às visões que estão ligadas à lógica capitalista”.

Além de contrapor as diferentes visões de coberturas sobre a crise, a discussão trouxe a formação histórica da mídia negra e as formas de atuação para criação de contranarrativas no presente em diversos níveis dos debates sociais.

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