Religião e Direitos Humanos
Por Marilene Conceição Nascimento e Mariselma Bonfim
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se pode aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” (Nelson Mandela)
A palavra Religião traz um sentimento de devoção de tudo que é considerado Sagrado. Religião é uma palavra de origem latina (religio) que significa regide. religio, leitura, reelege é um conjunto de sistema e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais.
A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença das pessoas na medida em que tem um aspecto público. Entretanto, é importante destacar: religião é também um assunto pessoal, entre o ser, sua consciência, seu espírito e o Criador; e aos outros seres deveria caber apenas o respeito dessas escolhas e a liberdade que cada um tem de escolher.
A religião é uma atividade humana que caracteriza-se por ser muito diversificada e caracteriza-se pelos seus valores. A Constituição Federal do Brasil e a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmam que cultuar sua fé é um dos direitos fundamentais da humanidade. Porém, o preconceito se revela pela discriminação e afronta imposta a todos que tem uma fé diferenciada, uma crença diferente à sua crença dominante num grupo,; nisso eles têm tem seu s quando tal fenômeno acontece, os discriminados têm seus direitos constitucionais e seus direitos humanos violados.
As grandes religiões planetárias buscam fomentar a paz e a prosperidade a partir dos seus preceitos de paz, amor, tolerância, perdão e compaixão, porém quando invadem terreiros de umbanda e candomblé, que, além de locais sagrados de culto são também locais sagrados onde são guardada a cultura do povos negro isso muda a historia.
No Brasil há diversas religiões e elas têm valores garantidos e respeitados pela Constituição Federal. Considerando o conjunto da legislação que está em vigor em nosso país, não deveria haver espaço para a intolerância e sim para ter liberdade de cada indivíduo ou grupo cultuar sua crença.
O problema está na interpretação que cada um faz do seu próprio envagelho o que é certo para um e não para outro, o que pode caracterizar o fundamentalismo religioso. No centro dessa disputa esta os direitos humanos fundamentais que são liberdades de religião, de consciência e de crença: elas influenciam a diretamente identidade pessoal e as escolhas efetivas, além de tornar se possível beneficiarem de outras formas de direitos.
Na sua maioria os grupos religiosos desenvolvem crenças baseadas em seus princípios que tudo é uma forma de está ligada, que tenha haver com os sentimentos que se misturam e se dividem nos espaços do corpo como uma tomada de consciência de que fazer o contato com o sagrado. Essa consciência é importante desde que seja levando em consideração o respeito as diferenças religiosas de cada individuo.
O Brasil é um estado laico, ou seja, um país ou nação com uma posição neutra no campo religioso. E todos tem o dever de garantir e respeitar a liberdade religiosa de cada ser, de cada individuo que vive no país, independente de qual seja essa fé, o que faz com que essa pluralidade religiosa construída por várias raças, culturas, percepções de fé lhe permita ser uma nação marcada pela diversidade onde todos sejam iguais, cada um com suas diferenças e valores, logo um país laico é aquele que segue o caminho do laicismo, uma doutrina que defende que a religião não deve ter influência nos assuntos do Estado.
Por fim podemos dizer que a religião é considerada entre os povos um dos fenômenos mais respeitáveis em toda a humanidade bem como de sua influência na vida das pessoas e a tolerância seria o resultado de todo esse fenômeno. Alguns pesquisadores dizem que a religião é apenas nomenclatura direcionada a esse fenômeno a ser respeitado e que os direitos humanos estão vinculados diretamente ao sujeito principal – ou seja o ser carnal.
A religião é um templo sagrado, e as ações é que determinam o que somos então, somos a religião de acordo com nossas emoções.
Pensar criticamente religião e direitos humanos é abordar com seriedade esses grandes temas cheios de valores que constitui a nossa condição existencial. Portanto a palavra chave para a religião é o respeito que temos com os outros e quando cultivamos esse respeito, a igualdade e a dignidade, nas pessoas humanas encontramos nelas suas raízes, também suas tradições religiosas.
“Nascer significa ligar ao sagrado a diferentes formas de cultuar sua religião, cada grupo se fortalece com seus valores baseado nos princípios de sua crença”
Jamira Muniz
Referências
- GREGORI, José. Direitos Humanos na atualidade. In: PINHEIRO, Paulo Sérgio e GUIMARÃES, Samuel Pinheiro (orgs.). Direitos Humanos no século XXI. 2ª edição. Brasília: Senado Federal/IPRI, 2002.
- OLIVEIRA, Washington Carlos. Ludicidadania no Acampamento Verde: referenciais para uma prática educativa singular e plural. Tese de doutorado em Educação Salvador: UFBA/FACED/GEPEL, 2007.