Aqui está uma lista com 7 mulheres indígenas que você precisa conhecer

Por Renata Machado Tupinambá e Priscila Tapajowara

Atualmente as mulheres indígenas vêm ocupando outros espaços tradicionalmente reservado aos homens, ampliando sua representatividade dentro das comunidade e também em ambiente externo. Com  essa conquista de espaço, abre-se a possibilidade de expandir as formas de lutas e as formas de fortalecimento cultural.

Passaram a atuar como pajés, cacicas e lideranças que tem ‘voz de fala’ dentro e fora das aldeias, em etnias que antes não possuíam nestas funções pessoas do gênero feminino. Fora das comunidades, elas são responsáveis por levar as demandas internas e divulgar a cultura indígena. Buscam autonomia e independência em fazer a sustentabilidade de suas famílias.  

Dentro do cenário global, existe um movimento de resgate e reconhecimento das culturas tradicionais regionais. Em várias regiões é comum encontrar coletivos de mulheres indígenas, realizando encontros para discutir sobre a luta feminina nos diferentes espaços. Também abordam temas que normalmente eram tratados com tabu dentro da comunidade. Desta forma, fazem com que as pessoas vejam a si próprias por outra perspectiva e com a devida importância.

As mulheres aldeadas tem reivindicações diferentes das mulheres indígenas que vivem em contexto urbano. Alguns do mecanismos de amparo às mulheres não se aplicam para mulheres indígena que vivem nas aldeias. A manutenção de alguns direitos garantidos pela Lei Maria da Penha encontra cenários complexos dentro de uma aldeia. O mesmo acontece com a mulher indígena que vivem em contexto urbano, não há um amparo de representatividade.

O Coletivo de mulheres indígenas de São Paulo surgiu em 2018 durante a organização do Encontro das Mulheres Indígenas de São Paulo, que teve como lema “Mulheres Indígenas: Lutar é resistir“. Seu objetivo foi discutir sobre políticas públicas, demarcação de terras, saúde, autodeclaração, sagrado, ancestralidade e mídias digitais.

Além disso, a intenção foi dar visibilidade aos variados trabalhos e lutas dessas mulheres. Deste modo, conscientizando-as dos seus direitos e deveres, criando um grupo de fortalecimento e amparo.

Na região do baixo rio Tapajós, que se localiza em Santarém, Pará, foi criado o coletivo de Mulheres indígenas do Baixo Tapajós, que tem o intuito de discutir sobre políticas públicas, ancestralidade e cultura para conscientizar as mulheres dos treze povos que se encontram nesta região. Fortalecendo a luta local e assim protegendo os rios e a mata.

Uma mulheres que atualmente estão em destaque na mídia, representando as comunidades indígenas na política nacional, é a coordenadora da Articulação dos Povos Indígena do Brasil (APIB), Sônia Guajajara, 45 anos. Maranhense, foi a primeira candidata a vice Presidência da República pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em 2018.

Também na política, Joenia Wapichana, de 44 anos, roraimense, foi eleita primeira mulher Deputada Federal Indígena do país pela Rede Sustentabilidade.

Além desses exemplos, existem várias mulheres indígenas que usam outras ferramentas para falar sobre a luta e cultura dos povos. Na música, a cantora amazonense Djuena Tikuna, é uma delas. Em suas músicas, na língua Tikuna, canta a resistência, nutrindo a luta do movimento indígena.

No rap tem a paulistana Katú, que também é youtuber e idealizadora do Visibilidade Indígena, que tem movimentado o empoderamento indígena na rede social.

Quando escutamos falar em literatura indígena, um dos principais nomes é a escritora fluminense Eliane Potiguara, consagrada por sua obra “Metade Cara, Metade Máscara’’.

No cinema a documentarista baiana Olinda Yawar Tupinambá, produtora do tão esperado ‘Mulheres que alimentam’, no território Pataxó Hãhãhãe  e diretora do ‘Retomar para Existir‘ (2015).

Na arte e direitos humanos, a professora, artista plástica, ativista dos direitos humanos e comunicadora Daiara Tukano, que protagonizou nos últimos dois anos debates e transmissões de manifestações ao vivo na Rádio Yandê, primeira rádio indígena web no Brasil.

Mas como elas, são muitos os nomes em todas as áreas. Essa diversidade de profissionais é ainda desconhecida por grande parte da sociedade brasileira, enfrentam exclusão, mas encontram nas redes sociais do século 21, uma importante ferramenta para tornar visível o que permaneceu por longos anos invisível.

6 comentários

  1. EDIONES MARCELINO em 14 de março de 2019 às 12:52

    avante mulheres guerreira da nação indigenas #RESISTÊNCIA#

  2. Eliana Carvalho De Souza em 14 de março de 2019 às 17:20

    Está na hora da inclusão total da etnia indígena em direitos e deveres no todo a sociedade a terra a cultura tudo pode e deve formar com amor paz prosperidade e direitos humanos a integração e integridade de todos

  3. Maria de Lourdes Beldi de Alcântara em 14 de março de 2019 às 23:35

    Parabéns mulheres indígenas
    Desde a AjindoGrupo e Gapk
    Ação dos jovens indígenas de dourados e grupo de apoio aos jovens indígenas AJI/GAPK

  4. Ava Carminati em 15 de março de 2019 às 10:38

    Parabéns! Mulheres Guerreiras do Bem! As mulheres são fundamentais na condução de uuma cultura de sustentabilidade, amor e paz para o a Terra.

  5. JV Pankararu em 18 de março de 2019 às 15:16

    A Cristiane Pankararu e a Elisa Pankararu são grandes nomes também, representando a região Nordeste com grande orgulho

  6. Samuel em 10 de abril de 2019 às 20:21

    Não citou uma única mulher indígena de direita. Quer dar uma impressão que os indígenas são todos alinhados ao pensamento de esquerda.

Deixe um Comentário





16 + um =